GESTÃO DE CLASSE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Amanda
Santos Silva
Caroline
dos Santos Novais
Gabriela
Ribeiro Gomes
Introdução
O presente trabalho tem por finalidade
analisar a gestão da classe do professor de educação infantil de acordo com os
pressupostos de Clermont Gauthier. Com objetivos de conhecer o planejamento da
prática pedagógica do Ensino Fundamental I e da Educação Infantil; Identificar
a concepção de planejamento dos professores; compreender o processo de
planejamento do professor; identificar quais elementos estão presentes no
planejamento. Essa pesquisa foi realizada em uma escola da rede pública
municipal de Jequié, no turno vespertino, em uma turma na faixa etária de 5
anos, totalizando carga horária de 40 horas.
Metodologia
A pesquisa
foi realizada entre os dias 11 a 30 de setembro, no turno vespertino em uma
escola da rede pública do município de Jequié, localizada em um bairro
periférico. Os dispositivos utilizados para a pesquisa foram a observação
direta sistematizada, entrevista semiestruturada, descrição e abordagem
qualitativa e levantamento de referências pertinentes ao tema.
Referencial
Teórico
Utilizamos
como referencial teórico Clermont Gauthier, o qual se baseia em uma série de
fatores que regem o ambiente da sala de aula, desde as regras e comportamentos
a serem adotados por professores e alunos em torno de um objetivo que é a
aprendizagem. Trabalhamos com o texto “Por uma teoria da Pedagogia”, no qual
Gauthier destaca que a Gestão da classe consiste num conjunto de regras e de
disposições necessárias para criar e manter um ambiente ordenado e favorável
tanto ao ensino quanto à aprendizagem. Diante disso, analisamos as práticas da
professora na sala de aula comparando com os apontamentos que Gauthier coloca
no texto.
Resultados
As aulas observadas mostram que a
professora possuía uma rotina com a turma, começava quando ela pedia para as
crianças escreverem seus nomes em suas atividades do dia, para que eles
pudessem exercitar a escrita. Logo em seguida era realizado a rodinha, onde
cantava músicas infantis, fazia a oração, explicava as atividades que seriam
realizadas no dia e logo depois trabalhava com o alfabeto. Depois as crianças
iam lavar as mãos, lanchar e ir para o intervalo, depois do intervalo era
realizada as atividades que foram propostas anteriormente.
Em vários momentos percebemos que a
professora em questão não conseguia ter uma boa gestão do tempo da aula, há uma
falta de planejamento com o tempo das atividades, aqui todo momento as crianças
ficavam dispersas na sala, brincando, brigando. Muitas vezes as atividades
ficavam incompletas justamente por não saber administrar o tempo. A falta de planejamento
era tanta, que a professora chegou a esquecer quais atividades já tinham
trabalhado com as crianças e perguntava a elas quais já tinham feito.
A sala era composta por um total de 23
crianças, mas nunca iam todos, na maioria das vezes iam de 10 a 15 crianças por
dia e mesmo com o número reduzido de crianças percebemos a dificuldade da
professora em conseguir articular o tempo de ensino para cada um.
Conclusão
Com esse estudo, concluímos que o ato
de planejar é fundamentalmente importante para promover o aprendizado, mas que
se ele for feito de maneira desarticulada da realidade, perde seu sentido de
norteador da prática pedagógica.
Não percebemos nenhuma característica
de um bom gestor postulada por Gauthier, o qual otimiza o tempo a ser dedicado
à matéria, supervisionam o trabalho em sala e ajustam o ritmo das
atividades às necessidades dos alunos. Sendo assim, a sala por vezes era um
ambiente desajustado, sem regras e a professora não conseguia controlar isso,
fazendo com que o ensino e a aprendizagem ficassem prejudicados.
Referência Bibliográfica
GAUTHIER,
Clermont et al. Por uma teoria da
Pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber docente. 2ª ed. Ijuí:
Editora Unijuí, 2006.
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